terça-feira, junho 25

Gastrononia e saúde coletiva

O delicioso controle dos pombos

Clarimundo Campos Engenheiro Agrônomo aposentado

Com o atraso de dois anos, acabo de receber um livrete da Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia, intitulado “Pombos Urbanos – Uma Questão de Saúde Pública”. É muito bom. Deve ser obra do Centro de Controle de Zoonoses. Vi, naquela esmerada publicação, o dedo do doutor William Stutz, médico veterinário sanitarista, o maior especialista do mundo em escorpiões. Como as columbas são protegidas, de todos os modos, inclusive por leis ambientais, a população das pombas aumenta ra- pidamente, com sérios transtornos ao meio am- biente e à saúde pública. “Uma colônia de pombos não controlada pode du- plicar de tamanho a cada ano.”

Leia a crônica completa clicando abaixo




Publicado no Jornal Correio de 23/06/2013


Resposta a Clarimundo Campos

De pombos e formigas

Como faço todos os domingos , começo leitura do Correio sempre pela crônica de Clarimundo Campos, ele agrônomo eu veterinário. Muitas coisas além do gosto de prosas contar temos em comum. Somos da terra, dos bichos, do mato.

Ontem 23/06/2013 me deparo com sua saborosa crônica "O delicioso controle dos pombos."
O sempre generoso escritor me cita na mesma como sendo "o maior especialista do mundo em escorpiões". Caro Clarimundo sou um simples aprendiz no conhecer desses bichos que a cada dia me dão uma aula de novidade, também não é para menos, eles estão aqui na terra há 400 milhões de anos. Muita poeira nos humanos comemos desses experts em sobrevivência e adaptação resultado, um delicioso aprender sem fim.
Se três vidas tivesse, ainda assim distante ficaria  me tornar mestre em escorpião, animal tinhoso.

Quanto a "delicioso controle" também quando criança fazíamos. Não de pombos mas de saúvas. Na enxameação anual das futuras formigas rainhas, correria geral da molecada. Delas fazíamos deliciosa farofa de bunda de tanajura. O que seria do Brasil sem moleque e passarinho para controlar formiga. Cada uma delas viraria um formigueiro feroz em destruição, cortadeiras especializadas.
É a gastronomia a bem do controle de pragas.

Mais uma vez agradeço citação em sua crônica. Isso sim vale muito em curriculum.






Segue AQUI receita moderna da farofa. Quando criança era só farinha, manteiga e sal. Às vezes uma folhas de taioba rasgada.

sexta-feira, junho 21

Crescer ou crescer












E ainda tem aqueles que se vangloriam com a real possibilidade de nossa cidade chegar ao número cabalístico de 1 milhão de habitantes. Um dos motivos que me levaram a sair de minha Belo Horizonte foi exatamente não ter mais espaço para as gentes. O furdunço dos carros, a frieza e impessoalidade da maioria das pessoas e relações. O andar a pé, dependendo da região, passou a ser um passeio por Bagdá ou tomar café “sossegado” em cantina no Cairo de Mohamed Mursi. Uberlândia cava a passadas largas seu próprio buraco de infelicidade, de insegurança, de grandes problemas. Isso sob o aplauso daqueles que acreditam que uma cidade para ser boa tem que ser grande em população. Qualidade de vida só no discurso, miudeza é para os fracos.

Em entrevista aqui mesmo no CORREIO, bem-sucedida empresária foi categórica ao afirmar que sentia falta dos muros baixos, das prosas e do café da tarde no alpendre. Posso apostar que muita gente nova, geração “BBB”, não tem a menor ideia do que seja alpendre. Esclarecendo: telheiro, como se diz em Portugal. Deu na mesma, não é? Pergunte a alguém com mais de 40. O fato é que espaços para crescer têm. Não existem serras, montanhas para bem olhar. Nosso horizonte é ancho e plano. Belo Horizonte teve que subir o morro, destruir matas nativas, pular a cerca para outros cantos, outros municípios.

Por acaso, bati olhos em anúncio de condomínio lá pelas bandas da capital das Alterosas e olha que morros e montanhas, que lhe deram tal majestoso e altivo nome, estão a sumir engolidos por condomínios horizontais e prédios colossais. Desculpem o pleonasmo lá atrás. Localização? No trevo da Rodovia dos Inconfidentes, aquela que liga a BR-040, antiga BR-3, a Ouro Preto. Pelo amor do Santíssimo, seria quase como chamar de Uberlândia um loteamento no Trevão. Tá certo, exagero. O Trevão é um pouco mais longe.
Será isso que queremos para nossas vidas e para nossos filhos e netos? A progressista Uberlândia tem o dom de atrair muito de bom, mas, também no vácuo, vem o pior.

Não sou nenhum urbanista nem entendo de planejamento de cidades, mas acompanho atento à expansão de Uberlândia e de seus problemas. Principalmente no que diz respeito ao nosso trabalho com a bicharada sinantrópica. Cada vez mais estamos disponibilizando casa e comida para estes despejados animais. Arrancamos suas moradas naturais em nome do progresso. Depois passamos literalmente o resto de nossas vidas a brigar contra eles, que teimam em viver de nossos restos. Como somos uma população extremamente “educada e cidadã”, jogamos lixo no terreno vizinho, cortamos sem dó nem piedade a última árvore da calçada. Folha “suja”. Plástico, latas e papéis não, mas folha, um horror. Impermeabilizamos com cimento e asfalto nosso entorno, assim a água pode correr e alagar livremente as partes mais baixas da cidade.
Recorro a dito popular para expressar este crescimento sem pé nem cabeça de Uberlândia: “se tamanho fosse documento, o elefante seria dono do circo”. Cidades médias e pequenas, alternativa para bem viver. Cercas baixas e café no alpendre, bom-dia de vizinho. Caderneta na venda, passarinho na janela. Ou prefere trânsito agarrado, enchentes, violência de sair em rede nacional? Cidade grande tem dessas coisas. Faça sua escolha.





Publicado em Jornal Correio em 21/06/2013



terça-feira, junho 18

Vida

Escorpião realizando muda aqui em nosso laboratório. Mil vezes vista, mil vezes maravilhado. Quantas vierem, cada uma, será sempre imperdível  espetáculo da vida. Clique na imagem para ampliar

Foto w h Stutz 18/06/2013


segunda-feira, junho 3

Morcego Beija-for

Entrevista para TV Vitoriosa
Vinícius Lemos Maurício Florentino e Dolores parabéns ! Ficou ótima a matéria. Sensibilidade e informação de qualidade. Marca de profissionalismo e paixão em difundir conhecimento